segunda-feira, 26 de abril de 2010

Oração sobe a visita pastoral de Bento XVI a Portugal

Pagela distribuída pelo patriarcado de Lisboa para todos os fiéis sobre a visita pastoral de Bento XVI a Portugal.




Oração

Deus, fonte de Sabedoria
que escolhestes o vosso Servo Bento XVI,
Sucessor do Apóstolo Pedro,
como sinal de unidade para toda a Igreja,
ouvi benignamente as vossas suplicas:
fazei que ele, como Vigário de Cristo na terra,
confirme e fortaleça os irmãos
na peregrinação da Fé
e a Igreja em Portugal experimente,
na comunhão com ele, aquele vínculo
de Caridade, de Verdade, e de Beleza
que provém de Vós,
para que possa, no tempo actual,
ser fermento de renovada Esperança.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco
na unidade do Espírito Santo.

Amen.


Viagem Apostólica de Sua Santidade
o Papa Bento XVI a Portugal
11-14 de Maio de 2010

domingo, 25 de abril de 2010

Domingo IV da Páscoa, Ano C

LEITURA I Actos 13, 14.43-52

«Vamos voltar-nos para os pagãos»

Leitura dos Actos dos Apóstolos
Naqueles dias,
Paulo e Barnabé seguiram de Perga até Antioquia da Pisídia.
A um sábado, entraram na sinagoga e sentaram-se.
Terminada a reunião da sinagoga,
muitos judeus e prosélitos piedosos
seguiram Paulo e Barnabé,
que nas suas conversas com eles
os exortavam a perseverar na graça de Deus.
No sábado seguinte,
reuniu-se quase toda a cidade para ouvir a palavra do Senhor.
Ao verem a multidão, os judeus encheram-se de inveja
e responderam com blasfémias.
Corajosamente, Paulo e Barnabé declararam:
«Era a vós
que devia ser anunciada primeiro a palavra de Deus.
Uma vez, porém, que a rejeitais
e não vos julgais dignos da vida eterna,
voltamo-nos para os gentios,
pois assim nos mandou o Senhor:
‘Fiz de ti a luz das nações,
para levares a salvação até aos confins da terra’».
Ao ouvirem estas palavras,
os gentios encheram-se de alegria
e glorificavam a palavra do Senhor.
Todos os que estavam destinados à vida eterna
abraçaram a fé
e a palavra do Senhor divulgava-se por toda a região.
Mas os judeus,
instigando algumas senhoras piedosas mais distintas
e os homens principais da cidade,
desencadearam uma perseguição contra Paulo e Barnabé
e expulsaram-nos do seu território.
Estes, sacudindo contra eles o pó dos seus pés,
seguiram para Icónio.
Entretanto, os discípulos
estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.
Palavra do Senhor.


LEITURA II Ap 7, 9.14b-17

«O Cordeiro será o seu pastor e os conduzirá às fontes da água viva»

Leitura do Livro do Apocalipse
Eu, João, vi uma multidão imensa,
que ninguém podia contar,
de todas as nações, tribos, povos e línguas.
Estavam de pé, diante do trono e na presença do Cordeiro,
vestidos com túnicas brancas e de palmas na mão.
Um dos Anciãos tomou a palavra para me dizer:
«Estes são os que vieram da grande tribulação,
os que lavaram as túnicas
e as branquearam no sangue do Cordeiro.
Por isso estão diante do trono de Deus,
servindo-O dia e noite no seu templo.
Aquele que está sentado no trono
abrigá-los-á na sua tenda.
Nunca mais terão fome nem sede,
nem o sol ou o vento ardente cairão sobre eles.
O Cordeiro, que está no meio do trono, será o seu pastor
e os conduzirá às fontes da água viva.
E Deus enxugará todas as lágrimas dos seus olhos».
Palavra do Senhor.


EVANGELHO Jo 10, 27-30

«Eu dou a vida eterna às minhas ovelhas»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus:
«As minhas ovelhas escutam a minha voz.
Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me.
Eu dou-lhes a vida eterna e nunca hão-de perecer
e ninguém as arrebatará da minha mão.
Meu Pai, que Mas deu, é maior do que todos
e ninguém pode arrebatar nada da mão do Pai.
Eu e o Pai somos um só».
Palavra da salvação.

Homilia Pe. Antoine Coelho, LC
Domingo IV da Páscoa

Os temas fundamentais das leituras do próximo domingo sao a Vida Eterna e o facto de que Cristo é o nosso Bom Pastor. Existe uma ligação estreita entre estas duas temáticas. É porque Cristo é Bom Pastor que podemos chegar à Vida Eterna. O Céu nao é mérito do homem, mas dom de Deus.

Existe uma passagem do Antigo Testamento que exprime muito bem esta ideia: a da torre de Babel, hoje em dia mais actual que nunca. Os homens de todo o mundo reuniram-se numa grande planície, conta o livro do Génesis, e decidiram imortalizar o seu nome construindo uma torre gigantesca que chegasse até ao céu, no fundo, até Deus. A história faz-nos sorrir, pois parece absurdo querer resolver o problema de sua existência construindo torres, por mais altas que sejam. No entanto, aos olhos de Deus é tao absurdo querer resolver os problemas da humanidade construindo torres ou buscando construir o homem geneticamente perfeito ou a sociedade ideal.

A solução do homem não se encontra em nenhum projecto meramente humano. Como exprime bem o livro do Génesis, o accesso ao jardim do Eden, depois da caída dos primeiros pais, é guardado por um querubim com espada de fogo, ou seja, é bem por cima das possibilidades humanas encontrar o reino da felicidade.

No entanto, o caminho existe. É renunciar aos nossos próprios caminhos. É seguir Cristo, é fazer exactamente o contrário de Adao e Eva, os quais, depois de pecarem, esconderam-se de Deus. Mas aí está: para que não fujamos d’Ele, Deus encarnou-se e fez-se Bom Pastor, manso e humilde de coração, o qual responde aos ultrajes com o perdão e ao egoísmo com um dom crescente de si mesmo.

“As minhas ovelhas escutam a minha voz” diz Cristo no Evangelho deste domingo. “Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-me”. Como se pode constatar é fundamental o conhecimento recíproco. As ovelhas ouvem a voz de Cristo e a reconhecem, mas Ele também as conhece. Ninguém pode seguir Deus se nao o conhecer, especialmente porque o caminho de Deus implica renúncias.

Mas tudo se faz com muito gosto, quando Cristo é-nos familiar, quando o experimentamos na oraçao, quando estamos presentes na Missa, não somente físicamente, mas sobre tudo com um coraçao atento. Nao como quem segue um ritual exterior, mas como quem busca o encontro com Deus. Quando o sacerdote pronuncia as palabras da consagração (“este é o meu Corpo…entregado por vós…este é o meu Sangue”), neste preciso momento Cristo imola-se por nós no altar, estamos a assistir ao vivo ao sacrificio do Calvário. Neste momento está a dar a vida por nós, como não vamos estar presentes? Como não buscar estar sinceramente atentos? E sobre tudo como não entregar toda a nossa vida a quem nos entregou toda a sua? É tão importante neste momento insuperavelmente solemne e rico de bênçãos pedir muito a Deus o dom do amor, a graça de poder conhecê-lo mais e melhor.


Então, realmente, de forma insensível e espiritual ressoará a voz de Deus nos nossos corações para curá-los e transformá-los, para dar-lhes este conhecimento divino do mundo espiritual, que é verdadeiramente a porta aberta ao Jardim do Eden, ao menos tanto quanto é possível nesta vida. Conheço uma pessoa que nao acreditava em Deus, mas que quería encontrá-lo. Decidiu durante um mês ir à missa todos os días. Nao terminou o mês antes de que o encontrasse tao profundamente durante uma celebração que depois de muitos anos, ainda se recordava deste momento com grande emoção. Alguns poderao pensar que ir à Missa todos os días é um grande sacrificio, mas que significa este sacrificio comparado com a alegría de encontrar Deus? Estaríamos talvez dispostos a fazer imensos sacrificios para encontrar, pelos nossos próprios caminhos, a porta do paraíso, mas quando se trata de fazer o sacrificio de seguir os caminhos de Deus e de pôr de lado os nossos, já nao se encontra a mesma disposição. Porque será?

Tenhamos, por isso, sempre diante dos olhos que o Pastor é Bom. Nao rouba as nossas vidas. Os outros que vieram antes d’Ele, sim, são ladroes. Todos os outros, diz São João. A palavra é forte! Não será um exagero dizer “todos os outros”? Não houve homens justos no passado? Sim, justos suscitados por Deus nao faltaram, mas homens totalmente desinteressados não existiram antes de Cristo. Só um homem se deu sem esperar nada em troca, sem “roubar” para si nada da glória devida ao Pai. Foi o seu Filho Unigénito que, como ensina o Prólogo do Evangelho de São João, vive totalmente “virado” para o Pai.
Seguindo com o Evangelho deste domingo, encontramos uma frase reconfortante. A quem seguir o Senhor ele promete o seguinte: “Eu dou-lhes a vida eterna e nunca hão-de perecer e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que Mas deu, é maior do que todos e ninguém pode arrebatar nada da mão do Pai. Eu e o Pai somos um só.”

Aquí encontramos a garantía absoluta de que quem se esforçar sinceramente por seguir o Senhor, verá sua existência premiada de forma insuperável. Que esperamos? Porque hemos de temer, se precisamente este caminho é o caminho que expulsa todo temor das nossas vidas e lhe dá a segurança das seguranças? O amor expulsa o temor, diz com razao São João, que seguramente experimentou a verdade desta palavra. Façamos honestamente um exame de consciencia e vejamos o que precisa mudar nas nossas vidas, recordando sempre esta verdade: nada é impossível para Deus. Ele ama abrir portas onde só vemos o beco sem saída da nossa fragilidade. Precisamente, o que ele mais deseja é ser realmente o Deus das nossas vidas e não um personagem secundário a quem dedicamos tempos reduzidos. Quem lhe pedir o dom da generosidade, recebê-lo-á, e quem temer pedir-lha faz-se um grande mal a si mesmo. Ele é o Bom Pastor, que quer dar-nos a vida e a vida em abundância.


segunda-feira, 19 de abril de 2010

Convite "Um Milhão de Terços por Portugal"

Recebemos por e-mail a notícia deste evento em Lisboa, Portugal no próximo dia 22 é um projecto em que a equipa do Homilias e Orações aderiu. Passamos a transcrever:

Vamos todos à Apresentação do Projecto "UM MILHÃO DE TERÇOS POR PORTUGAL", um projecto que nasceu por inspiração de São Nuno de Santa Maria para pôr em prática o pedido de Nossa Senhora!


É já daqui a 4 dias, às 21.00 horas, 5.ª feira, dia 22 na Basílica dos Mártires, no Chiado.

Rezamos o TERÇO, com a participação especial dos SIMPLUS (Maria Durão e Luís Roquete).

No final vai ser oferecida uma ceia!!!

Passem palavra aos vossos amigos!

EU VOU, E TU ?

Informações sobre o evento e/ou o projecto:
http://www.tercosporportugal.com.pt/novidades.htm
tercosporportugal@gmail.com

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Domingo III da Páscoa, Ano C

LEITURA I Actos 5, 27b-32.40b-41

«Somos testemunhas destes factos, nós e o Espírito Santo»

Leitura dos Actos dos Apóstolos
Naqueles dias,
o sumo sacerdote falou aos Apóstolos, dizendo:
«Já vos proibimos formalmente
de ensinar em nome de Jesus;
e vós encheis Jerusalém com a vossa doutrina
e quereis fazer recair sobre nós o sangue desse homem».
Pedro e os Apóstolos responderam:
«Deve obedecer-se antes a Deus que aos homens.
O Deus dos nossos pais ressuscitou Jesus,
a quem vós destes a morte, suspendendo-O no madeiro.
Deus exaltou-O pelo seu poder, como Chefe e Salvador,
a fim de conceder a Israel
o arrependimento e o perdão dos pecados.
E nós somos testemunhas destes factos,
nós e o Espírito Santo
que Deus tem concedido àqueles que Lhe obedecem».
Então os judeus mandaram açoitar os Apóstolos,
intimando-os a não falarem no nome de Jesus,
e depois soltaram-nos.
Os Apóstolos saíram da presença do Sinédrio cheios de alegria,
por terem merecido serem ultrajados
por causa do nome de Jesus.
Palavra do Senhor.


LEITURA II Ap 5, 11-14

«Digno é o Cordeiro que foi imolado de receber o poder e a riqueza»

Leitura do Livro do Apocalipse
Eu, João, na visão que tive,
ouvi a voz de muitos Anjos,
que estavam em volta do trono, dos Seres Vivos e dos Anciãos.
Eram miríades de miríades e milhares de milhares,
que diziam em alta voz:
«Digno é o Cordeiro que foi imolado
de receber o poder e a riqueza, a sabedoria e a força,
a honra, a glória e o louvor».
E ouvi todas as criaturas
que há no céu, na terra, debaixo da terra e no mar,
e o universo inteiro, exclamarem:
«Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro
o louvor e a honra, a glória e o poder
pelos séculos dos séculos».
Os quatro Seres Vivos diziam: «Ámen!»;
e os Anciãos prostraram-se em adoração.
Palavra do Senhor.


EVANGELHO Jo 21, 1-19

«Jesus aproximou-Se , tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com os peixes»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo,

Jesus manifestou-Se outra vez aos seus discípulos,
junto do mar de Tiberíades.
Manifestou-Se deste modo:
Estavam juntos Simão Pedro e Tomé, chamado Dídimo,
Natanael, que era de Caná da Galileia,
os filhos de Zebedeu e mais dois discípulos de Jesus.
Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar».
Eles responderam-lhe: «Nós vamos contigo».
Saíram de casa e subiram para o barco,
mas naquela noite não apanharam nada.
Ao romper da manhã, Jesus apresentou-Se na margem,
mas os discípulos não sabiam que era Ele.
Disse-lhes Jesus:
«Rapazes, tendes alguma coisa de comer?»
Eles responderam: «Não».
Disse-lhes Jesus:
«Lançai a rede para a direita do barco e encontrareis».
Eles lançaram a rede
e já mal a podiam arrastar por causa da abundância de peixes.
O discípulo predilecto de Jesus disse a Pedro:
«É o Senhor».
Simão Pedro, quando ouviu dizer que era o Senhor,
vestiu a túnica que tinha tirado e lançou-se ao mar.
Os outros discípulos,
que estavam apenas a uns duzentos côvados da margem,
vieram no barco, puxando a rede com os peixes.
Quando saltaram em terra,
viram brasas acesas com peixe em cima, e pão.
Disse-lhes Jesus:
«Trazei alguns dos peixes que apanhastes agora».
Simão Pedro subiu ao barco
e puxou a rede para terra,
cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes;
e, apesar de serem tantos, não se rompeu a rede.
Disse-lhes Jesus: «Vinde comer».
Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar-Lhe:
«Quem és Tu?»,
porque bem sabiam que era o Senhor.
Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho,
fazendo o mesmo com os peixes.
Esta foi a terceira vez
que Jesus Se manifestou aos seus discípulos,
depois de ter ressuscitado dos mortos.
Depois de comerem,
Jesus perguntou a Simão Pedro:
«Simão, filho de João, tu amas-Me mais do que estes?»
Ele respondeu-Lhe:
«Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo».
Disse-lhe Jesus: «Apascenta os meus cordeiros».
Voltou a perguntar-lhe segunda vez:
«Simão, filho de João, tu amas-Me?»
Ele respondeu-Lhe:
«Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo».
Disse-lhe Jesus: «Apascenta as minhas ovelhas».
Perguntou-lhe pela terceira vez:
«Simão, filho de João, tu amas-Me?».
Pedro entristeceu-se
por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez se O amava
e respondeu-Lhe:
«Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que Te amo».
Disse-lhe Jesus: «Apascenta as minhas ovelhas.
Em verdade, em verdade te digo:
Quando eras mais novo,
tu mesmo te cingias e andavas por onde querias;
mas quando fores mais velho,
estenderás a mão e outro te cingirá
e te levará para onde não queres».
Jesus disse isto para indicar o género de morte
com que Pedro havia de dar glória a Deus.
Dito isto, acrescentou: «Segue-Me».
Palavra da salvação.


Homilia Pe. Antoine Coelho, LC
Domingo III de Pascoa

As leituras do próximo domingo são, sem dúvida, particularmente adaptadas para nos oferecer uma resposta para as semanas difíceis vividas pela Igreja e especialmente para o Papa a nível mediático.
 A primeira leitura dos actos dos Apóstolos mostra quão incómodos eram os Apóstolos para os poderes estabelecidos de Jerusalém. «Já vos proibimos formalmente de ensinar em nome de Jesus; e vós encheis Jerusalém com a vossa doutrina e quereis fazer recair sobre nós o sangue desse homem»: tal é a constatação do sumo sacerdote, que os intima a permanecerem calados.

A resposta de Pedro não podia ser melhor, e mais actual: proclama ser testemunha da Morte e Ressurreição de Cristo e que as ameaças são inúteis, posto que “deve obedecer-se antes a Deus que aos homens”. A esta luz, permito-me dizer que pessoalmente não temo um Papa caluniado, ultrajado, considerado erroneamente por alguns como alguém que defende à socapa sacerdotes pedófilos. Preocupar-me-ia muito mais um Pontífice que permanecesse calado, amando mais a glória dos homens que a Vontade de Nosso Senhor.

O desfecho desta passagem dos Actos dos Apóstolos é conhecida. Pouco agradados com a resposta atrevida do nosso primeiro Papa, “os judeus mandaram açoitar os Apóstolos, intimando-os a não falarem no nome de Jesus, e depois soltaram-nos”. Mas eis que se produz uma reacção humanamente curiosa por parte das “colunas da Igreja”: “então Os Apóstolos saíram da presença do Sinédrio cheios de alegria, por terem merecido serem ultrajados”.

Quem compreendeu a lógica da cruz, a qual é a verdadeira lógica da salvação, não pode menos que se alegrar quando surgem épocas de perseguição. Um verdadeiro mártir não pode padecer cabisbaixo. Experimentará dor e muito sofrimento. Penas interiores, talvez extremas. Mas a alegria não pode deixar de estar presente, porque chegou o momento da salvação para ele e para muitos. Nestes dias, não há dúvida que todos sofremos pelos rumores tão pouco fundados ao respeito do nosso Papa. Mas, seguindo o espírito dos primeiros cristãos, como no-lo mostra a Bíblia, tal dor deve estar animada mais que nunca pela alegria.

Talvez alguns podem pensar que a evangelização tornou-se mais difícil que nunca. Com que cara nos vamos a apresentar ao mundo, a um mundo que nos associa talvez ao crime da pedofilia? Apresentemo-nos mais que nunca com rosto de ressuscitados. Porque a nossa lógica não é a do mundo. É a da cruz. Os ultrajes e as flagelações não intimidavam os Apóstolos. Antes pelo contrário, davam-se conta de que se tratavam de ocasiões privilegiadas para uma maior fecundidade. Deus ama vencer quando parece ser o mais fraco e o perdedor. O que os cálculos do mundo não podem supor, isso sucederá.

A segunda leitura, do livro do Apocalipse apresenta-nos a glorificação do “Cordeiro que foi imolado”, glorificação levada a cabo por “miríades de miríades e milhares de milhares” de anjos. Estes dizem em coro, com voz que supera o fragor dos oceanos: «Digno é o Cordeiro que foi imolado de receber o poder e a riqueza, a sabedoria e a força, a honra, a glória e o louvor!» Mas não são somente eles a proclamarem a glória de Cristo. “E ouvi”, ajunta São João, “todas as criaturas que há no céu, na terra, debaixo da terra e no mar, e o universo inteiro, exclamarem: «Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro o louvor e a honra, a glória e o poder pelos séculos dos séculos».

O universo inteiro está chamado a cantar os louvores do Salvador. Como parecemos estar longe disso! No entanto, estejamos certos que, inexoravelmente, o nosso universo lacerado por tantas iniquidades se encaminha nesta direcção. Os homens podem esbracejar contra Deus, opor-se aos seus planos, mas parecem crianças que levantam uma muralha de areia, esperando poder parar deste modo a subida da maré. Em Cristo ressuscitado, Deus já venceu. Por isso, São João, já no prólogo do Apocalipse escreve: “Feliz quem ler e felizes os que escutarem as palavras desta profecia e põem em prática as coisas aqui escritas. Porque o Tempo é próximo”. Sim, o Tempo é próximo, é sempre próximo. A vitória de Cristo está já a actuar nos corações com grande poder e ninguém a pode deter.

Mas hoje em dia tantos meios parecem veicular uma mensagem totalmente oposta à fé! Aqui em Roma, quando filmaram “Anjos e demónios”, um filme inspirado num romance de Dan Brown, muito crítico com relação à Igreja, um sacerdote americano disfarçou-se de turista e introduziu-se no grupo dos actores, dos técnicos e dos que em geral dirigiam o filme. Estavam almoçar numa pizzaria. Como se pode imaginar choviam as críticas contra a Igreja. “Daria tudo para que desaparecesse da superfície da terra!”, exclamou um deles, repetindo, ao parecer, um frase do próprio Dan Brown. Então perguntou-lhe o falso turista: “Mas como será possível conseguir isso?”

“Claro que sim será possível!”, respondeu outro, exaltado. “Em 20 anos, as igrejas por aqui estarão todas vazias. Temos tudo na mão: a prensa, a rádio, a música, o cinema, o mundo da política, a economia, a ciência. Todos transmitem o mesmo discurso. Nunca teríamos pensado há 50 anos que tal domínio fosse possível!”

Sim, como podemos ainda atrever-nos a falar de vitória de Cristo? Como atrever-se ainda a falar de Cristo diante de altifalantes contrários tão poderosos? Na verdade, basta abrir a Bíblia para encontrar a resposta. Na Bíblia repete-se quase incansavelmente uma mensagem. É quase uma espécie de refrão. O homem que confia nas suas forças, no poder dos seus cavalos, na valentia dos seus guerreiros, na vantagem da sua situação, acaba derrotado. O David piedoso e de coração sincero, embora seja fraco e sem experiência, termina derrotando o Golias bem treinado mas presunçoso. A “fraqueza de Deus” é mais forte que a força dos poderosos e é precisamente através da fraqueza que se expande a invencível graça de Deus. Quem se crê forte já não pode ser um veículo eficaz da salvação.

Em realidade, a nossa força não pode ser outra que a aparente fraqueza do amor. É precisamente essa força, ou se quisermos, essa falsa fraqueza, que Cristo pede a Pedro no Evangelho deste domingo. Não lhe pergunta se é sábio, se será um grande planeador, um homem hábil ou eficaz, um líder capaz…Somente lhe pergunta se o ama realmente. O poder da Igreja não residiu nunca na sua fama. Os cristãos foram muitas vezes considerados canibais e assassinos no tempo dos romanos. Tampouco na sua capacidade de resposta. Somos atacados através da manipulação da informação, mas não podemos usar este tipo de armas. É toda uma gama ampla e rica de armas astuciosas, que não poderemos nunca utilizar, pois queremos permanecer fiéis ao amor. Mas aí está: o nosso poder é precisamente e somente o amor, ou seja, o Espírito Santo.

“Pedro, amas o Senhor?” É essa a pergunta decisiva acerca de um Papa. “Bento XVI, amas Cristo?” Sabemos que sim pelo martírio que está a sofrer com paz e com fé. Ainda hoje assisti à catequese que sempre dá às quartas feiras. Parece que nada lhe tinha sucedido nas semanas anteriores. Mas sim, muitas coisas sucederam que paradoxalmente tornam o seu ministério mais fecundo.

E mais que nunca também a nossa palavra pode ser fecunda. Quando tudo parecia ter-se tornado mais difícil em Jerusalém, os apóstolos e fiéis elevaram essa oração ao Senhor: “…verdadeiramente nesta cidade aliaram-se Herodes e Pilatos com as noções e os povos de Israel contra o teu servo Jesus, que ungiste para realizar o que, com o teu poder e sabedoria, havias pré-determinado que sucedesse. E agora, Senhor, tem em conta as suas ameaças e concede aos teus servos que possam pregar a tua Palavra com toda a valentia”. Acabada sua oração, tremeu o lugar onde estavam reunidos, e todos ficaram cheios do Espírito Santo e pregavam a Palavra de Deus com valentia.

Não pode ser outra a nossa atitude nas horas que vivemos. Assim cresceu a Igreja e ninguém a parou. Assim cresceremos, também nós, se tivermos a fé dos primeiros cristãos. Não vejo porquê não a teríamos, pois Deus não mudou e continua a mostrar o mesmo poder nos nossos dias.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

A nona bem-aventurança

Texto enviado por um amigo nosso via e-mail, sobre os históricos ataques à Igreja.

por: João César das Neves

Um dos fenómenos mais espantosos da história da humanidade é o ataque à Igreja. Esse processo, tão aceso estes dias, é sempre muito curioso.

Primeiro pela duração e persistência. Há 2000 anos que os discípulos de Cristo são perseguidos, como o próprio Jesus profetizou. E cada ataque, uma vez começado, permanece. A Igreja é a única instituição a que se assacam responsabilidades pelo acontecido há 100, 500 ou 1500 anos. Os cristãos actuais são criticados pela Inquisição do século XVII, missionação ultramarina desde o século XV, cruzadas dos séculos XI-XIII, até pela política do século V (no recente filme Ágora, de Alejandro Amenábar, 2009).

Depois, como notou G. K. Chesterton em 1908, o cristianismo foi atacado "por todos os lados e com todos os argumentos , por mais que esses argumentos se opusessem entre si" (Orthodoxy, c. VI). Vemos criticar a Igreja por ser tímida e sanguinária, pessimista e ingénua, laxista e fanática, ascética e luxuosa, contra o sexo e a favor da procriação, etc. Mas o mais espantoso é que os ataques conseguem convencer-nos daquilo que é o oposto da evidência mais esmagadora.

Os iluministas provaram-nos que a religião cristã é a principal inimiga da ciência; supersticiosa, obscurantista, persecutória do estudo e investigação rigorosos. A evidência histórica mostra o inverso. A dívida intelectual da humanidade à Igreja é enorme. Devemos a multidões de monges copistas a preservação da sabedoria clássica. Quase tudo o que sabemos da Antiguidade pagã veio dos mosteiros. Foi a Igreja que criou as primeiras universidades e o debate académico moderno. Eram cristãos devotos os grandes pioneiros da ciência, como Kepler, Pascal, Newton, Leibniz, Bayes, Euler, Cauchy, Mendel, Pasteur, etc. Até o caso de Galileu, sempre citado e distorcido, mostra o oposto do que dizem.

Depois, os jacobinos asseguraram-nos que a Igreja é culpada de terríveis perseguições religiosas, étnicas e sociais, destruição cultural de múltiplos povos, amiga de fogueiras e câmaras de tortura, chacinas, saques e genocídios. No entanto, a evidência de 2000 anos de história real de cristãos concretos é de caridade, mediação, pacifismo. Tudo o que o nosso tempo sabe de direitos humanos, diplomacia, cooperação e tolerância foi bebê-lo a autores cristãos.

A seguir, os marxistas vieram atacar a Igreja por ser contra os proletários e a favor dos ricos. Quando é evidente o cuidado permanente, multissecular e pluricultural dos cristãos pelos pobres e infelizes, e as maravilhas sociais da solidariedade católica no apoio aos desfavorecidos.

Vivemos hoje talvez o caso mais aberrante: a Igreja é condenada por... pedofilia. A queixa é de desregramento sexual, deboche, perversão. Mas a evidência histórica mostra que nenhuma outra entidade fez mais pelo equilíbrio da sexualidade e a moralização da vida pessoal da humanidade. Mais uma vez, o ataque nasce do oposto da verdade.

Serão as acusações contra a Igreja falsas? Elas partem sempre de um núcleo verdadeiro. Houve cristãos obscurantistas, persecutórios, cruéis, injustos, luxuosos, como hoje há padres pedófilos. Aliás, em 2000 anos de história, e agora com mais de mil milhões de fiéis, tem de haver de tudo. A distorção está na generalização ao todo de casos particulares aberrantes. Não sendo tão má quanto o mito, a Inquisição foi péssima. Mas a Inquisição não representa a Igreja e a própria Igreja da época a condenou. Os críticos nunca combatem os erros, sempre a instituição. Hoje não se ataca a pedofilia na Igreja, mas a Igreja pedófila.

A razão do paradoxo é clara. Cada época projecta na Igreja os seus próprios fantasmas. Ninguém atropelou mais o rigor científico que os iluministas. Ninguém foi mais sangrento que os jacobinos. Ninguém gerou maior pobreza que os marxistas. Ninguém tem mais desregramento sexual que o nosso tempo.

O ataque à Igreja é uma constante histórica. A História muda. A Igreja permanece. Porque ela é Cristo. Dela é a nona bem-aventurança: "Bem-aventurados sereis quando vos insultarem e perseguirem" (Mt 5, 11).

domingo, 11 de abril de 2010

Sequência de imagens...

Esta sequência de imagens foi-nos enviada por um amigo nosso via e-mail, tem dentro dela uma mensagem muito interessante.

Não fazemos comentários, deixamos que se envolva nelas e retire para si a sua mensagem.














sábado, 10 de abril de 2010

Leituras do II Domingo da Páscoa, Ano C

Este Domingo ainda não temos a Homilia do Pe. Antoine Coelho, LC
esperamos brevemente recomeçar a contar semanalmente
com ela. No entanto deixamos as leituras.

LEITURA I Actos 5, 12-16

«Cada vez mais gente aderia ao Senhor pela fé, uma multidão de homens e mulheres»

Leitura dos Actos dos Apóstolos
Pelas mãos dos Apóstolos
realizavam-se muitos milagres e prodígios entre o povo.
Unidos pelos mesmos sentimentos,
reuniam-se todos no Pórtico de Salomão;
nenhum dos outros se atrevia a juntar-se a eles,
mas o povo enaltecia-os.
Cada vez mais gente aderia ao Senhor pela fé,
uma multidão de homens e mulheres,
de tal maneira que traziam os doentes para as ruas
e colocavam-nos em enxergas e em catres,
para que, à passagem de Pedro,
ao menos a sua sombra cobrisse alguns deles.
Das cidades vizinhas de Jerusalém,
a multidão também acorria,
trazendo enfermos e atormentados por espíritos impuros
e todos eram curados.
Palavra do Senhor.


LEITURA II Ap 1, 9-11a.12-13.17-19

«Estive morto, mas eis-Me vivo pelos séculos dos séculos»

Leitura do Livro do Apocalipse
Eu, João, vosso irmão e companheiro
nas tribulações, na realeza e na perseverança em Jesus,
estava na ilha de Patmos,
por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus.
No dia do Senhor fui movido pelo Espírito
e ouvi atrás de mim uma voz forte,
semelhante à da trombeta, que dizia:
«Escreve num livro o que vês
e envia-o às sete Igrejas».
Voltei-me para ver de quem era a voz que me falava;
ao voltar-me, vi sete candelabros de ouro
e, no meio dos candelabros,
alguém semelhante a um filho do homem,
vestido com uma longa túnica
e cingido no peito com um cinto de ouro.
Quando o vi, caí a seus pés como morto.
Mas ele poisou a mão direita sobre mim e disse-me:
«Não temas.
Eu sou o Primeiro e o Último, o que vive.
Estive morto, mas eis-Me vivo pelos séculos dos séculos
e tenho as chaves da morte e da morada dos mortos.
Escreve, pois, as coisas que viste,
tanto as presentes como as que hão-de acontecer depois destas».
Palavra do Senhor.


EVANGELHO Jo 20, 19-31

«Oito dias depois, veio Jesus ...»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São JoãoNa tarde daquele dia, o primeiro da semana,
estando fechadas as portas da casa
onde os discípulos se encontravam,
com medo dos judeus,
veio Jesus, colocou-Se no meio deles e disse-lhes:
«A paz esteja convosco».
Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado.
Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor.
Jesus disse-lhes de novo:
«A paz esteja convosco.
Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós».
Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes:
«Recebei o Espírito Santo:
àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados;
e àqueles a quem os retiverdes serão retidos».
Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo,
não estava com eles quando veio Jesus.
Disseram-lhe os outros discípulos:
«Vimos o Senhor».
Mas ele respondeu-lhes:
«Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos,
se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado,
não acreditarei».
Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa
e Tomé com eles.
Veio Jesus, estando as portas fechadas,
apresentou-Se no meio deles e disse:
«A paz esteja convosco».
Depois disse a Tomé:
«Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos;
aproxima a tua mão e mete-a no meu lado;
e não sejas incrédulo, mas crente».
Tomé respondeu-Lhe:
«Meu Senhor e meu Deus!»
Disse-lhe Jesus:
«Porque Me viste acreditaste:
felizes os que acreditam sem terem visto».
Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos,
que não estão escritos neste livro.
Estes, porém, foram escritos
para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus,
e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome.
Palavra da salvação.

sábado, 3 de abril de 2010

Missa do Dia de Páscoa

LEITURA I Actos 10, 34a.37-43

«Comemos e bebemos com Ele, depois de ter ressuscitado dos mortos»

Leitura dos Actos dos Apóstolos
Naqueles dias,
Pedro tomou a palavra e disse:
«Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia,
a começar pela Galileia,
depois do baptismo que João pregou:
Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré,
que passou fazendo o bem
e curando a todos os que eram oprimidos pelo Demónio,
porque Deus estava com Ele.
Nós somos testemunhas de tudo o que Ele fez
no país dos Judeus e em Jerusalém;
e eles mataram-n’O, suspendendo-O na cruz.
Deus ressuscitou-O ao terceiro dia
e permitiu-Lhe manifestar-Se, não a todo o povo,
mas às testemunhas de antemão designadas por Deus,
a nós que comemos e bebemos com Ele,
depois de ter ressuscitado dos mortos.
Jesus mandou-nos pregar ao povo
e testemunhar que Ele foi constituído por Deus
juiz dos vivos e dos mortos.
É d’Ele que todos os profetas dão o seguinte testemunho:
quem acredita n’Ele
recebe pelo seu nome a remissão dos pecados».
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL
Salmo 117 (118), 1-2.16ab-17.22-23 (R. 24)

Refrão: Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria.
Ou: Aleluia.

Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Israel:
é eterna a sua misericórdia.

A mão do Senhor fez prodígios,
a mão do Senhor foi magnífica.
Não morrerei, mas hei-de viver,
para anunciar as obras do Senhor.

A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos.


LEITURA II Col 3, 1-4

«Aspirai às coisas do alto, onde está Cristo»

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Colossenses
Irmãos:
Se ressuscitastes com Cristo,
aspirai às coisas do alto,
onde está Cristo, sentado à direita de Deus.
Afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra.
Porque vós morrestes,
e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.
Quando Cristo, que é a vossa vida, Se manifestar,
também vós vos haveis de manifestar com Ele na glória.
Palavra do Senhor.


Ou 1 Cor 5, 6b-8

«Purificai-vos do velho fermento, para serdes uma nova massa»

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Irmãos:
Não sabeis que um pouco de fermento leveda toda a massa?
Purificai-vos do velho fermento,
para serdes uma nova massa,
visto que sois pães ázimos.
Cristo, o nosso cordeiro pascal, foi imolado.
Celebremos a festa,
não com fermento velho,
nem com fermento de malícia e perversidade,
mas com os pães ázimos da pureza e da verdade.
Palavra do Senhor.


SEQUÊNCIA

À Vítima pascal
ofereçam os cristãos
sacrifícios de louvor.

O Cordeiro resgatou as ovelhas:
Cristo, o Inocente,
reconciliou com o Pai os pecadores.

A morte e a vida
travaram um admirável combate:
Depois de morto,
vive e reina o Autor da vida.

Diz-nos, Maria:
Que viste no caminho?

Vi o sepulcro de Cristo vivo
e a glória do Ressuscitado.
Vi as testemunhas dos Anjos,
vi o sudário e a mortalha.

Ressuscitou Cristo, minha esperança:
precederá os seus discípulos na Galileia.

Sabemos e acreditamos:
Cristo ressuscitou dos mortos:
Ó Rei vitorioso,
tende piedade de nós.


ALELUIA 1 Cor 5, 7b-8a

Refrão: Aleluia.
Repete-se
Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado:
celebremos a festa do Senhor. Refrão


EVANGELHO Jo 20, 1-9

«Ele tinha de ressuscitar dos mortos»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
No primeiro dia da semana,
Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro
e viu a pedra retirada do sepulcro.
Correu então e foi ter com Simão Pedro
e com o discípulo predilecto de Jesus
e disse-lhes:
«Levaram o Senhor do sepulcro
e não sabemos onde O puseram».
Pedro partiu com o outro discípulo
e foram ambos ao sepulcro.
Corriam os dois juntos,
mas o outro discípulo antecipou-se,
correndo mais depressa do que Pedro,
e chegou primeiro ao sepulcro.
Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou.
Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira.
Entrou no sepulcro
e viu as ligaduras no chão
e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus,
não com as ligaduras, mas enrolado à parte.
Entrou também o outro discípulo
que chegara primeiro ao sepulcro:
viu e acreditou.
Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura,
segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.
Palavra da salvação.

Imagens da Semana Santa